Custo de oportunidade em investimentos: como aplicar?

Na hora de montar uma carteira de ativos, existe um indicador importante a ser considerado: o custo de oportunidade. Seu conceito é simples, envolve a chance de ganho da qual se abre mão em razão de outra possibilidade.

Vale destacar que ele não se restringe a questões econômicas, pois no cotidiano também temos que lidar com esse indicador. Por exemplo: se você opta por ficar em casa descansando em vez de viajar, você terá um custo de oportunidade relacionado às experiências e ao lazer que teria na viagem.

Adiante, separamos informações sobre como esse indicador funciona para você conseguir investir de maneira inteligente e estratégica. Não deixe de conferir!

custo de oportunidade

Como o custo de oportunidade funciona?

Podemos dizer que custo de oportunidade, em investimentos, corresponde a uma chance perdida ou a uma diferença a mais que se deixou de receber por ter escolhido uma aplicação em detrimento de outra. Em suma, é um potencial inexplorado de rentabilidade.

Além do fator econômico, existem outros casos em que podemos ter esse custo. Se você tiver que escolher um entre dois fornecedores com mesmo preço, mas que oferecem serviços de suporte diferentes, o custo econômico estará relacionado ao que será perdido em termos de apoio.

Há também o custo de oportunidade em relação ao meio ambiente ou a um recurso natural. Digamos que uma empresa tem a sua disposição petróleo. Dependendo do usufruto que ela faça dele, pode ter um custo de oportunidade maior ou menor.

Ao optar por extrair esse material e empregá-lo para produção de combustível, a empresa deixa de usá-lo em outras indústrias, como de plásticos ou de fabricação de pneu.

Outro caso é quando, em um terreno, a empresa escolhe preservar a vegetação e pleitear crédito de carbono em vez de plantar grãos. Ela obterá retornos não só financeiros, mas de preservação do meio ambiente que podem ser importantes perante o mercado consumidor.

Como calcular o custo de oportunidade?

Vejamos esse indicador no campo econômico. Imagine que você tem a sua disposição dois ativos para investir R$ 10.000: um é capaz de gerar 10% de retorno ao ano (R$ 1.000,00), enquanto o outro proporciona 8% (R$ 800,00). Se optar pela segunda opção, terá um custo de oportunidade de 2% (R$200,00).

Contudo, após 2 anos, o segundo gera 17% de lucro e o primeiro se mantém em 10%. Aqui, a situação se inverte, eliminando o custo de oportunidade inicial, já que na segunda alternativa se ganhará mais ao final dos 2 anos — caso seja possível aguardar por esse tempo.

Se também não houver rendimentos na segunda opção, seu custo de oportunidade passa a englobar o percentual que poderia ter obtido no primeiro ativo.

Quando você não investe, também há custo de oportunidade por deixar o dinheiro parado. Afinal, em uma aplicação ele poderia render algo, sendo melhor do que não gerar rendimento nenhum. Isso pode ser considerado um erro de gestão financeira, principalmente porque a inflação reduz seu poder de compra.

Como escolher o melhor peer-to-peer lending considerando essa métrica?

O peer-to-peer lending é uma opção de renda fixa que tem ganhado mercado. Há estimativa de que essa área envolva aproximadamente, até 2025, 1 trilhão de dólares. Além disso, na China, em junho de 2016, os empréstimos nessa modalidade tinham movimentado cerca de US $ 93,43 bilhões.

É um mercado em expansão, especialmente devido ao seu funcionamento, que gera impacto social positivo. Isso porque investidores emprestam, por meio de uma plataforma, dinheiro a pequenos e médios empresários.

Para escolher uma boa opção de peer-to-peer lending, é importante avaliar a sua expectativa de ganho. Há casos em que ela gera retorno da aplicação de 170% a 250% do CDI — uma das principais taxas de referência para investimentos no Brasil.

Avalie o potencial de rendimento desse ativo em relação a outras opções. Para começar, compare com os ganhos da poupança que, atualmente, são alguns dos menores do mercado.

Também considere o fator social, pois, nessa modalidade, dá para contribuir com empresas para que deem certo. Pode haver custo de oportunidade em investimentos que não têm esse apelo social.

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